Parauapebas está com um índice muito grande de pessoas com câncer de
pele, além disso existem pra mais de 450 pessoas já diagnosticadas com
câncer de mama, tireoide, próstata, entre outros.
Fruto de uma luta persistente do
Instituto Vencendo o Câncer (IVECAN) de Parauapebas, brevemente a
cidade contará com atendimento oncológico de um centro especializado na
área, sediado em Imperatriz. “Estamos instalando a empresa em
Parauapebas”, disse o médico oncologista, Gumecindo Filho, um dos
responsáveis pela clínica de tratamento de câncer, Oncoradium.
No último sábado (8) foi comemorado o
Dia Mundial de Combate ao Câncer e a notícia de que Parauapebas contará
com o atendimento oncológico é muito bem-vinda para pacientes que estão
na batalha contra a doença e também por seus familiares que terão
condições de acompanhá-los, sem precisar sair da cidade.
“As obras de instalação da empresa já
iniciaram. Eles também estão em negociação para firmar convênio com o
SUS. Parauapebas está com um índice muito grande de pessoas com câncer
de pele, além disso existem pra mais de 450 pessoas já diagnosticadas
com câncer de mama, tireoide, próstata, entre outros. Contar com o
atendimento em nossa cidade é fundamental”, informou a presidente do
Ivecan, Edelves Carvalho.
Na última quarta-feira (5),
representantes do Ivecan estiveram em reunião com o prefeito Darci
Lermen para tratar de assuntos relacionados ao convênio com a referida
empresa. De acordo com a secretária adjunta de saúde de Parauapebas,
Raijane Loras, que também é madrinha do Ivecan, pelo menos 327 pessoas
fazem Tratamento Fora de Domicílio (TFD), pela Secretaria Municipal de
Saúde (Semsa), para tratar de câncer. Esse número não contempla os
pacientes que fazem tratamento particular ou por plano de saúde.
“Além desse total de pacientes que
atendemos, ainda existem aqueles que realizam tratamento fora e não
buscam o TFD. Esses pacientes buscam uma cidade onde o tratamento é
disponibilizado e tiram cartão SUS como se de lá fossem residentes, com
receio de dizer que são de outra cidade e assim terem seu tratamento
interrompido”, informou Raijane Loras.
A secretária adjunta de saúde também
compartilhou informações importantes com relação ao atendimento
oncológico. “Na última terça-feira (4), na reunião da Comissão
Intergestores Regional (CIR), realizada em Marabá, aprovamos o Plano
Municipal de Oncologia com vistas a alterar o Plano Estadual de
Oncologia, e desta forma termos condições de buscar recursos junto ao
Ministério da Saúde para atendimento desse serviço em Parauapebas”,
informou Raijane Loras, acrescentando que o próximo passo é a aprovação
na esfera estadual.
“O plano oncológico de Parauapebas
consiste na estruturação de todo serviço, informando onde cada parte do
tratamento pode (e será) realizado em nosso Sistema Único de Saúde.
Montamos toda a estrutura, documentamos com base na Legislação e
apresentamos na CIR CARAJÁS, onde são colocadas para votação as demandas
de saúde de 17 municípios que compõem nossa região. Necessita de
votação pois o objetivo é sempre atuar para melhorar a vida dos
moradores da região, e com tratamento oncológico aqui perto facilitará
para todos. A partir dessa aprovação, o próximo passo será aprovar na
CIB (em nível estadual), pois, solicitará a alteração do plano de
Oncologia do Estado, com remanejamento orçamentário para auxílio no
custeio do serviço. Objetivamos comprovar que Parauapebas está preparada
para prestar serviço de quimioterapia, cirurgia oncológica e
radioterapia – tudo através de uma parceria público privada”, detalhou a
secretária adjunta de saúde.
“Toda sociedade ganha com a
disponibilização do tratamento oncológico em Parauapebas, pois uma das
principais complicações desse tratamento é o quadro depressivo que
acomete grande parte dos pacientes. Eles ficam muito fragilizados diante
do diagnóstico de uma patologia ainda muito estigmatizada e considerada
por muitos como “final” da vida, o que de fato não o é! Estar mais
próximo de seus familiares neste momento que tanto necessitam de apoio e
cuidado faz a diferença. Além disso, teremos redução de gastos com TFD,
diminuição dos riscos em viagens para tratamento, além do
desenvolvimento da economia, pois, gera-se o que chamamos de “turismo
hospitalar”, com movimentação de todo comércio para atender esse novo
público que migrará em busca de tratamento”, finalizou Raijane Loras.
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