Todas as características do objeto caído na Vila São Sebastião, 120 km da cidade de Itupiranga dão mostras de que pode ser um equipamento de internet pertencente a Google, dentro do chamado Projeto Loon. A empresa Norte América opera balões com essa tecnologia satélite desde 2013 na Nova Zelândia, e vem testando no Brasil em 2014, primeiramente em uma região isolada no Piauí. O que caiu no Pará possivelmente saiu de rota das correntes de ar como são direcionados pelo mundo.
Os habitantes da vila tomaram um susto
no último dia 20 de abril quando o equipamento caiu numa área de mata.
Alguns curiosos perceberam a aproximação e narram que ela foi lenta, com
o balão mantendo alguma sustentação, até pousar. Isso explica o fato do
equipamento, que conta com partes de metal e grades que seriam de
células solares, para captar energia. Os primeiros a chegarem ao local
registraram imagens com celulares, fizeram vídeos narrando o fato e logo
jogaram na internet, por redes sociais.
A notícia nas ruas passou a ser de que um satélite havia caído em Itupiranga.
PROJETO INTERNACIONAL
Quem identificou e reconheceu o
equipamento foi Cícero Silva, técnico em telecomunicações que mora na
cidade e que é um estudioso do assunto. Ele explica que o Loon é um
projeto de pesquisa e desenvolvimento da Google com a missão de fornecer
acesso à Internet para áreas rurais e remotas. O projeto usa balões de
altitude colocados na estratosfera, a uma altura de cerca de 20 km para
criar uma rede sem fio com velocidade semelhante a de 3G das redes de
telefonia móvel.
Os balões são manobrados ajustando a sua
altitude para flutuar em uma camada de vento e direção desejada usando
dados de ventos da National Oceanic and Atmospheric Administration
(NOAA). Os usuários do serviço se conectam à rede de balões usando uma
antena especial de Internet ligada à sua residência.
O sinal viaja através de balão a balão,
em seguida, para uma estação em terra conectada a um provedor de
serviços de Internet (ISP).
Painéis solares fornecidos pela
PowerFilm, Inc aproximadamente do tamanho de uma mesa de jogo que estão
logo abaixo dos balões de voo livre, geram eletricidade suficiente
durante quatro horas para alimentar o transmissor por um dia e o feixe
do sinal de Internet para baixo para as estações terrestres.
O Jornal tentou contato com a assessoria da Google no Brasil para obter mais informações sobre o caso, mas não teve resposta.
(Da Redação)
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