O estado
do Pará vai receber investimentos de mais de R$ 1,2 bilhão em linhas de
transmissão de energia. O leilão de transmissão nº 5/2016, promovido pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi realizado nesta
segunda-feira, dia 24, em São Paulo. Foram oferecidos 35 lotes. Os cinco lotes
ofertados com empreendimentos no Pará foram todos arrematados e resultarão em
mais desenvolvimento econômico para o estado e novas oportunidades para a
população paraense.
O
ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, destacou o sucesso do
leilão das linhas de transmissão, que representam investimentos superiores a R$
12 bilhões em 20 estados brasileiros. “De forma particular o estado do Pará foi
atendido com alguns lotes”, destacou o ministro Fernando Coelho Filho.
Para o
ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, os investimentos em energia
resolverão problemas de apagões e permitirão a implantação de plantas
industriais no estado. “Eu gostaria de festejar com a população do Pará, de uma
maneira muito especial a região oeste do estado, da Transamazônica, da região
do Xingu como também da região do Baixo Amazonas e da Calha Norte, a respeito
dos leilões ocorridos hoje em São Paulo”, comemorou ele. “São investimentos na
área da energia que, nos próximos 60 meses, irão garantir que esta região do
Pará possa ter oferta de energia resolvendo problemas de apagões, sendo
utilizada para o consumo doméstico e também para reforçar toda a cadeia
produtiva da região”.
O
primeiro dos lotes arrematados no leilão com empreendimentos no Pará foi o de
número 26. Venceu o certame a Energisa S.A., que ofereceu R$ 46,3 milhões, o
que representa deságio médio de 29,57% em relação à Receita Anual Permitida
(RAP) inicial estabelecida pela Aneel. Esse lote possui 592 km de linhas de
transmissão e 300 MVA de potência de uma subestação. As obras visam reforço para
o suprimento à região de Santana do Araguaia e aumento na qualidade e
confiabilidade do atendimento aos clientes da região nordeste de Mato Grosso. A
Energisa terá que fazer investimentos de R$ 329,7 milhões.
O segundo
lote foi o de número 31, arrematado pela Equatorial Energia S.A. A empresa deu
um lance de R$ 126,8 milhões, com deságio de 9,5% em relação à RAP inicial
estabelecida pela Aneel. São 436 km de linhas de transmissão e uma subestação
de 300 MVA de potência localizadas no Pará. Esse lote, que visa atendimento à
região oeste do estado e aumento da confiabilidade do sistema, contempla os
trechos Xingu – Altamira; Altamira – Transamazônica; Transamazônica – Tapajós;
Tapajós – Compensador Síncrono; e Rurópolis – Compensador Síncrono. A Equatorial
precisará fazer investimentos de R$ 671,2 milhões nessas linhas.
Outro
lote ofertado foi o 33, vencido pelo Consórcio Pará, integrado pelas empresas
MALV Empreendimentos e Participações S/A, com 30%; Primus Incorporação e
Construção Ltda, com 40%; e DISBENOP – Distribuidora de Bebidas Ltda, com 30%.
O grupo arrematou o lote oferecendo R$ 20,5 milhões, com deságio de 16,14% em
relação à Receita Anual Permitida prevista pela Aneel. O lote 33 possui uma
linha de transmissão com 126 km e uma subestação de 200 MVA de potência
localizadas no Pará. Os empreendimentos visam atendimento às cargas das regiões
metropolitana de Belém e nordeste do Pará e equacionamento das dificuldades de
suprimento de energia elétrica às cargas das regiões de Paragominas e Tomé-Açu.
Essas linhas de transmissão necessitarão de investimentos de R$ 120,5 milhões.
O
Consórcio Omnium Energy arrematou o lote 34. O grupo é composto pelas empresas
Testotrans Holding Ltda, com participação de 1%, e Patrimonium Fundo de
Investimentos em Participações Multiestratégia, com 99%. A oferta pelo lote foi
de R$ 5,7 milhões, que representou deságio de 40,50% em relação ao preço
inicial de receita estipulado pela Aneel. A subestação possui 300 MVA de
potência e servirá para atendimento às cargas das regiões metropolitana de
Belém e nordeste do Pará e demandará investimentos de R$ 45,6 milhões.
O último
lote oferecido foi o 35. Este lote foi arrematado pelo Consórcio BRDigital,
BREnergia e Lig Global, composto pelas empresas Brasil Digital Telecomunicações
Ltda, com participação de 79,60% no consórcio; BREnergia Energias Renováveis
Ltda, com 0,40%; e LIG Global Service Tecnologia em Implantação, Sistemas
Telecomunicações e Energia Ltda, com 20%. O grupo ofereceu R$ 18,7 milhões,
com deságio de 30,42% em relação à receita inicial estabelecida pela Aneel.
Esse lote possui uma linha de transmissão com 12 km de extensão e servirá para
suprir a região metropolitana de Belém.
Atendendo
pedido da Associação Comercial
O
ministro Fernando Coelho Filho relembrou o compromisso assumido diante da
associação comercial de Altamira, durante uma visita na cidade, este ano. “Em
relação ao lote 31, eu estive recentemente acompanhando o ministro Helder
Barbalho na cidade de Altamira e na cidade de Santarém, fui questionado pela
Associação Comercial, pelos investidores, pelos comerciantes, falando da
dificuldade na qualidade no fornecimento de energia. Nós nos comprometemos a
pedido do ministro Helder de incluir novamente esse lote, que teve problema no
passado, dentro da nova modalidade do leilão, que tem sido sucesso. O lote hoje
31 foi bidado. R$ 671 milhões de investimentos pra Região Oeste”, comemorou o
ministro Fernando Filho. “O prazo pra execução é de 60 meses e a nossa
expectativa é que essa obra além de gerar emprego e renda na região vai também
levar uma energia de melhor qualidade, estável pra que a gente possa
desenvolver toda essa região”, disse.
O lote ao
qual o ministro se refere foi arrematado pela Equatorial Energia, que terá que
investir em mais de 400 quilômetros de linhas de transmissão ligando os trechos
Xingu – Altamira; Altamira – Transamazônica; Transamazônica – Tapajós; Tapajós
– Compensador Síncrono; e Rurópolis – Compensador Síncrono.
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