Plantas comestíveis não convencionais vão à mesa sob forma de salada e outros pratos. Biólogos e cozinheiros alertam que é necessário ter conhecimento sobre vegetais antes de utilizá-los.
Distante da mesa da maioria dos brasileiros, as plantas comestíveis não convencionais podem servir de alimento e base para receitas deliciosas e criativas nas mãos de cozinheiros habilidosos. Clique aqui e assista ao vídeo da reportagem.
Símbolo da Amazônia, a vitória régia pode muito bem ir ao prato: suas
flores dão uma ótima salada e os talos parecem aspargos na forma e no
sabor.
Já a urtiga, que muita gente associa à espécie que provoca uma coceira
intensa, pode ter suas folhas trituradas transformadas em um molho pesto
regional. O chef Bruno Ferreira conta que para isso basta triturar a
urtiga vermelha com tucupi e castanha do Pará.
O biólogo Valdeli Knupp é um dos autores da enciclopédia das Pancs, que
identificou 351 espécies e trouxe mais de mil receitas.
O coordenador de Saúde Indígena em Altamira, no sudoeste do Pará,
apresenta a mandiocaba. Mas ele só pode trazer a raiz a Belém com
autorização do cacique da aldeia Itaaca, dos índios Assurini, onde a
raiz é cultivada.
Belém recebeu 22 profissionais da gastronomia, biologia, engenharia de
alimentos e também moradores de comunidades do Pará que já têm o hábito
de consumir as Pancs. Esse intercâmbio de receitas contou com a presença
de chefs de vários países panamazônicos. Até o premiado Alex Atala veio
de São Paulo para criar uma receita com a cara do Pará e que o público
teve a oportunidade de provar as receitas.
]Mas biólogos e cozinheiros alertam: para preparar um prato com as Pancs é
preciso conhecer bem as plantas antes de levá-las à mesa.
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