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Como contar para a criança que alguém próximo faleceu? Psicóloga dá dicas importantes


Lidar com morte não é fácil em qualquer idade. Sei tão bem como foi terrível para mim quando recebi a notícia da morte do meu pai pela boca dos médicos. Na época, eu estava com 18 anos. Para meu irmão também foi uma verdadeira tristeza, na época, ele estava com 13 anos.
E quando temos que dar a notícia da morte de um ente querido para uma criança? Aí o assunto torna-se ainda muito mais delicado. Muitos pais ou responsáveis têm dúvidas de qual o momento certo para contar e qual a melhor maneira de se fazer isso.
A psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão Aline Melo explica que a criança começa a ter um conhecimento maior do ciclo da vida com aproximadamente 4 ou 5 anos, porém “não existe uma idade específica para falar sobre morte com uma criança”.
— Elas conseguem sentir que as pessoas ao seu redor estão mais tristes e que algo está ocorrendo. Por isso, o ideal é ser transparente e responder aos questionamentos sem utilizar metáforas, evitando dizer que a pessoa foi viajar ou virou estrela. Isso confunde a criança e traz a expectativa de que a pessoa vai retornar.
A recomendação da especialista é que não se crie um tabu sobre a morte, esclarecendo as principais angústias conforme a maturidade emocional de cada um.
— Uma sugestão para trabalhar com a criança o desenvolvimento da vida, seu começo, meio e fim, é utilizar de exemplos próximos, como cultivar uma plantinha e acompanhar a evolução, demonstrando todas as fases até a morte.
Muitos pais preferem evitar o assunto morte com os filhos até com o objetivo de preservar os filhos.  Mas é importante para o amadurecimento deles trabalhar as frustrações e o curso natural da vida, aprendendo a lidar com os sentimentos e externar as aflições, de acordo com Aline.
Minha mãe, por exemplo, sempre teve dificuldades de lidar com o tema morte e acabou repassando para mim. Quando eu fui obrigada pela vida a enfrentar a perda do pai, fui tudo muito, muito, muito mais dolorido....
De acordo com a psicóloga, nós estamos o tempo todo “vivenciando lutos e esses não são somente associados à morte”. O que reforça ainda mais a necessidade de conversamos sobre o tema com os pequenos, sem enganá-los.
— Por exemplo, uma professora à qual a criança é muito apegada ser demitida ou precisar sair da escola vai trazer um sentimento de perda similar ao do luto. Por isso é tão importante trabalhar o assunto com as crianças.

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