Novo currículo já vem sendo
construído de forma coletiva pela Semed
Agricultura familiar, agroecologia e educação do
campo. Esses foram os temas da terceira Formação Continuada da Educação do
Campo de 2017, realizada durante todo o dia de ontem, 24, na Escola Municipal
de Ensino Fundamental Antônio Vilhena, para 80 educadores do 3º e 4º ciclos,
que lecionam em nove escolas da zona rural de Parauapebas.
O palestrante convidado para tratar das temáticas
foi o professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
Fernando Michelotti, engenheiro agrônomo, mestre em Planejamento do
Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal
do Pará (Naea/UFPA) e doutorando em Planejamento Urbano e Regional.
A Formação Continuada objetiva contribuir para a
formação crítica dos profissionais da educação, promovendo reflexões sobre
concepções teóricas, além de discutir estratégias de planejamento por área de
conhecimento. A terceira edição evidenciou as relações existentes entre os
educadores e a realidade do local em que vivem e exemplificou projetos
agroecológicos implantados na região.
Fernando Michelotti tratou sobre os assuntos de
forma didática, buscando sempre levantar questionamentos e propondo certas
reflexões para o grupo. Para ele, o debate é de fundamental importância para
que os educadores tenham consciência de que a educação do campo está inserida
dentro de um projeto de desenvolvimento, que respeita as peculiaridades e o
saber de cada vila, cada local.
“Tem uma certa tendência do educador de às vezes
olhar apenas para questões muito específicas do funcionamento interno da escola,
como currículo, práticas pedagógicas. No entanto, é importante também estar
atento que essas questões internas da escola dialogam com uma perspectiva
maior, com um projeto de campo que se quer construir, que se quer fortalecer”,
enfatiza Michelotti.
Para que a educação do campo alcance seu
objetivo, reforça o palestrante, é preciso que a escola trabalhe junto com a
comunidade na qual está inserida para, juntos, construírem uma vida melhor de
acordo com a realidade local. “É necessário que a escola dialogue com
comunidade, se aproxime da vida da comunidade para juntas construírem soluções
para seus problemas. Essa é a ideia chave: construir soluções. A escola pode
ajudar a comunidade a identificar seus problemas e construir saídas
compartilhadas”, ensina o mestre.
CURRÍCULO EM CONSTRUÇÃO
A coordenadora pedagógica da Educação no Campo,
Eliete Araújo, informa que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) já está
construindo, de forma coletiva, o currículo para a Educação do Campo. “E
precisamos discutir os mais variados assuntos, inclusive sobre a realidade do
aluno, para repensarmos a prática pedagógica de forma que ela tenha sentido
para esse aluno”, expõe ela, para observar que o papel da escola vai além da
atuação pedagógica: “Precisamos ajudar nossos alunos a se reconhecerem como
sujeitos de sua história, a pensar, a projetar e a construir sonhos”.
O professor Márcio Daniel Pereira de Azevedo
leciona a disciplina de geografia nas Escolas Crescendo na Prática e 18 de
Outubro. O docente avalia a formação continuada como algo fundamental para
garantir uma educação de qualidade. “A formação nos proporciona a troca de
experiências, como também a aquisição de novos conhecimentos, o que melhora
nossa prática. A palestra de hoje nos permitiu ampliar nosso olhar sobre
questões peculiares de nossa região, que muitas vezes não faz parte do debate
do nosso cotidiano”, analisa o educador.
Texto e fotos: Messania Cardoso
| Semed
Assessoria de Comunicação - Ascom | PMP
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