A Fundação Nacional do Índio (Funai) lançou esta semana o portal Centro de Monitoramento Remoto (CMR), um
serviço que permite monitorar casos de desmatamento e degradação
ambiental em terras indígenas pela internet. A ferramenta usa imagens
geradas pelo satélite Landsat-8 para atualizar diariamente informações
sobre as terras indígenas localizadas na Amazônia Legal, que representam
97.9% do total dessas terras no país.
A Funai informa que o portal vai
auxiliar o órgão e parceiros a acompanhar mudanças de uso e ocupação do
solo e identificar de forma mais precisa os locais onde ocorrem
irregularidades. A expectativa do órgão é que a ferramenta reduza os
custos das atividades de campo e permita uma resposta mais rápida a
partir das ocorrências, pois viabiliza que os recursos para atuação nas
ações de comando, controle e prevenção de ilícios sejam usados de forma
mais eficaz.
No Portal CMR as imagens do Landsat-8
são complementadas pelos dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), que além de serem referência do Governo Federal para
detecção de desmatamento e degradação ambiental, continuam sendo
relevantes para a Funai. Todos os dados são públicos, de fontes
oficiais.
A ferramenta é aberta para consultas da
sociedade. Na página inicial do portal, um mapa interativo do Brasil
permite aos usuários localizar as terras indígenas, as áreas
quilombolas, as unidades de conservação federais, incluindo reservas
extrativistas, florestas e parques nacionais, além de assentamentos
rurais. Permite também conhecer o bioma de cada região do país.
Além da visualização espacial das áreas,
a ferramenta traz informações como jurisdição, nomenclatura oficial,
município e Unidades da Federação. O Mapa também pode ser usado de forma
estratégica em ações indigenistas, ao tornar fácil, por exemplo,
sobrepor imagens do satélite Landsat-8 com dados sobre focos de calor
nas terras indigenas gerados por meio do satélite Aqua e
disponibilizados pelo Inpe.
(Fonte: Agência Brasil)
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