Em visita ao Chile, diretora da Unesco alertou sobre a falta de igualdade educacional entre meninos e meninas em nível mundial: só 40% dos países já conseguiram alcançar a paridade na educação primária.
Ao menos 62 milhões de meninas no mundo não têm acesso à educação,
enquanto dois terços dos analfabetos são mulheres, alertou nesta
segunda-feira (24) em Santiago do Chile Irina Bokova, diretora da
Unesco.
Durante uma visita à capital chilena, Bokova manifestou sua preocupação
pelas dificuldades encontradas pelas meninas para acessar a educação.
Essa é "uma das principais causas de exclusão social em muitas
comunidades".
"A 62 milhões de meninas é negado o direito à educação", enfatizou a
diretora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco) em uma conferência na Academia Diplomática do Chile.
Bokova alertou ainda sobre a falta de igualdade educacional entre
meninos e meninas em nível mundial: 60% dos países conseguiram alcançar a
paridade na educação primária e só 38% na secundaria.
As mulheres representam dois terços dos 758 milhões de adultos
analfabetos do mundo, o que "prejudica todas as sociedades, freia o
desenvolvimento e mina os esforços de paz", acrescentou Bokova.
A diretora da Unesco participou desta conferência no contexto da
"Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável" adotada pela ONU em
2015 e que contempla 17 objetivos com 169 metas de caráter integrado e
indivisível que abarcam as esferas econômica, social e ambiental.
"A igualdade de gênero é um elemento central da Agenda 2030", concluiu Bokova.
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